Livro: Queima do Alho: alimento do corpo e da alma do peão de boiadeiro, Luiz Mozzambani Neto |
Na postagem anterior disponibilizei o Projeto "Filhos da Preta", selecionado em 2009, no Edital ProAC Nº 15 - PUBLICAÇÃO DE LIVROS NO ESTADO DE SÃO PAULO, o qual não executei por causa da premiação de outro projeto ocorrida no mesmo ano pelo Edital ProAC nº8 - PROMOÇÃO DA CONTINUIDADE DAS CULTURAS TRADICIONAIS que resultou na publicação do Livro: Queima do Alho: alimento do corpo e da alma do peão de boiadeiro, cuja 2ª Edição, ampliada e revisada, será lançada no início de 2013.
O projeto que possibilitou que eu publicasse este livro foi este que agora disponibilizo para consulta. Diferente do Projeto Filhos da Preta, cujo produto cultural era um livro de ficção, ele apresenta como produto cultural a publicação de um livro nos moldes acadêmicos e só foi possível porque o Edital ProAC nº8 - PROMOÇÃO DA CONTINUIDADE DAS CULTURAS TRADICIONAIS previa a publicação de livros de pesquisa. Por isso, a leitura atenta dos editais é fundamental para quem deseja elaborar projetos, pois é lá que estão todas as coordenadas sem as quais não conseguiremos elaborar um bom projeto.
Desta feita, não publicarei os anexos, porque são itens repetitivos e constituem a parte de documentação do projeto. Saliento, porém que é preciso prestar muita atenção à questão da documentação, pois um ótimo projeto pode ser desclassificado por causa de um documento errado ou faltante.
Vale ressaltar que os projetos aqui disponibilizados não devem ser copiados. A intenção é que eles sirvam de base para novos projetos.
Vamos ao projeto!
Apresentação
O projeto: Livro: Queima do Alho – Alimento para o corpo e a
alma do peão de boiadeiro fundamenta-se na elaboração, publicação e
distribuição de um livro que registra, para fins de preservação e divulgação,
os elementos culturais que envolvem a realização da Queima do Alho, nome dado
ao conjunto de saberes e fazeres culturais que se efetivavam durante as
refeições dos peões boiadeiros nas longas viagens pelas estradas boiadeiras nos
tempos das comitivas de gado e que, ainda hoje, é preservada por comitivas
organizadas que participam de concursos culturais espalhados pelo Brasil. O
mais importante desses concursos é o realizado pela associação “Os
Independentes” (que organiza a Festa de Peão de Boiadeiro de Barretos) que será
o ponto de partida e maior fonte de informações do livro.
A Queima do Alho representa um matrimônio
imaterial do povo paulista que precisa ser preservado pela importância que têm
na formação da identidade cultural do nosso povo. O LIVRO (objeto deste
projeto) cumprirá o importante papel de reunir informações sobre a Queima do Alho que se encontram
espalhadas em registros, documentos e vivências, pelo interior de São Paulo e,
confrontando-as com saberes acadêmicos, contextualizá-la histórica e
culturalmente.
Vale ressaltar que
foram os tropeiros que com suas andanças viabilizaram as trocas de sabores e
produtos que nos levou à mistura gastronômica que até hoje praticamos em nossa
cozinha típica e que a AGCIP (Associação Gestão Cultural no Interior Paulista),
num esforço para manter viva essa tradição tão enraizada na história do nosso
povo já iniciou junto à associação “Os Independentes” o trabalho para o pedido
de registro da Queima do Alho como patrimônio imaterial da nação junto ao IPHAN
e, neste sentido já dispõe de farto material de relevante interesse literário e
histórico que será disponibilizado integralmente para a elaboração do livro.
Além disso, a AGCIP facilitará os trabalhos de pesquisa junto às cidades a ela
associadas (mais de 37 cidades) e ajudará na divulgação do livro em seus
eventos realizados no interior paulista, divulgação que contará também com a
importantíssima colaboração da associação “Os Independentes” entidade parceira
da AGCIP e interessada na preservação deste importante patrimônio da cultura
paulista e nacional.
Realizado nos moldes
acadêmicos o livro será dividido em três partes: Queima do alho: a comida e a cultura de um caipira destemido, o peão de
boiadeiro – Contextualização da Queima do Alho no universo da cultura
caipira e nacional com ênfase na importância do peão de boiadeiro como agente
disseminador da cultura e fortalecedor da economia do estado de São Paulo; Queima do Alho – Fazeres e saberes do povo
paulista – Descrição detalhada de cada elemento que faz da ação cultural
Queima do Alho um patrimônio imaterial da nossa cultura interiorana; Queima do Alho: do peão-tradição ao
peão-atleta – um histórico da Queima do Alho e a sua contextualização junto
ao Rodeio moderno no contexto da Festa de Peão de Barretos.
OBJETIVOS
GERAL:
Publicar um livro sobre a Queima do Alho
e divulgar a importância desse patrimônio cultural do interior de São Paulo no
universo da cultura caipira e nacional.
O público alvo do projeto são as pessoas que frequentam o universo das Festas
de Peão desde o público em geral até os organizadores e peões de rodeios.
ESPECÍFICOS:
- Realizar
pesquisas bibliográficas sobre a Queima do Alho e sua importância na
formação da identidade cultural do interior paulista;
- Realizar
pesquisas de campo junto aos grupos que realizam a Queima do Alho como
forma de preservá-la e contextualizar sua importância na formação da
cultura do interior paulista;
- Registrar
saberes e fazeres que envolvam a realização da Queima do Alho desde sua
prática pelos peões de boiadeiros até os dias de hoje em que é praticada
pelas comitivas organizadas e mantidas com o objetivo de preservar e
divulgar a cultura do peão de boiadeiro;
- Levar
aos grupos envolvidos na preservação da Queima do Alho informações
confiáveis sobre a atividade que desenvolvem como forma de muni-los de
maiores conhecimentos sobre o assunto;
- Divulgar a cultura caipira com ênfase na cultura do Peão de Boiadeiro como forma de não deixar que a mesma se perca ou se descaracterize demais;
- Incentivar
o hábito da leitura junto aos componentes das comitivas que participam do
Concurso: Queima do Alho de Barretos como forma de capacitá-los ainda mais
na preservação da cultura caipira;
- Incentivar
a produção de uma literatura mais intimamente ligada à cultura caipira
através do resgate de saberes, fazeres e personagens que fazem parte de
nossa identidade cultural.
- Reunir
dados históricos e oficiais sobre as atividades dos peões de boiadeiros
como forma de documentar a importância desse personagem na formação da
cultura e economia paulistas e nacionais.
- Fazer com que as
pessoas que frequentam o universo dos rodeios se reconheçam como herdeiros
diretos da cultura caipira e assim, com esse sentimento de pertencimento,
fiquem mais dispostos a apoiar, e mesmo participar, dos movimentos de
preservação e manutenção das bases de nossa identidade cultural.
JUSTIFICATIVA
O Concurso da Queima do Alho é um concurso gastronômico onde vence
a comitiva que melhor mantiver a tradição das comitivas do passado, desde as
vestimentas, tropas de cavalos e mulas, até a comida preparada à moda antiga
como forma de preservar os saberes e fazeres culturais dos tempos dos peões
boiadeiros. O evento, realizado pela Associação “Os Independentes” como parte
da Festa do Peão de Barretos, é o mais importante no que diz respeito à
preservação da cultura dos peões boiadeiros. Cozinhar é atividade humana por
excelência, sendo o que separa o homem dos outros animais. Ao preparar seu
alimento, com a ajuda do fogo, o homem o transforma em um bem cultural para
assim alimentar o corpo, mas também a alma. Neste sentido a Queima do Alho era para os peões boiadeiros
muito mais do que um momento de refeições; era o momento de reafirmar a própria
identidade enquanto grupo e reforçar os interesses individuais e coletivos
porque o ato de comer, para o ser humano, é um ato cultural, além de social e
vital. Sendo assim, a exemplo do momento das refeições nas mais diversas
culturas, a Queima do Alho não
consistia apenas no preparo do arroz carreteiro, feijão gordo, paçoca de carne
e churrasco na chapa, e sua posterior degustação. Mais do que isso, e tão
importante quanto, o ritual da Queima do
Alho cercava-se de saberes e fazeres culturais que servia para reforçar os
laços culturais dos peões e assim prepará-los para as longas viagens pelos
estradões que cortavam os sertões de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.
Deste modo, a publicação do livro justifica-se pela necessidade de se
documentar e preservar tão importante patrimônio cultural, único no Brasil,
que, em tempos de globalização e domínio da cultura de massa vem se perdendo.
Como forma de preservar a tradição a associação “Os Independentes”,
organizadores da Festa do Peão de Barretos realizam o Concurso da Queima do Alho durante a Festa do Peão de Barretos,
mas, devido à grandiosidade da Festa do Peão, as pessoas não percebem a devida
importância cultural da Queima do Alho
de forma que a publicação do livro poderá chamar a atenção para essa atividade
cultural e assim aumentar o interesse por sua preservação.Vale ressaltar que as pessoas não se sentem motivadas a
preservar o patrimônio cultural pelo qual não se sentem representadas e que o
LIVRO fará com que pessoas que frequentam o universo das Festas do Peão passem
a valorizar a tradição da Queima do Alho
por verem nela a base de sua própria identidade tanto alimentar como cultural.
Culturais: O Projeto promove a cidadania ao elevar o nível de
leitura dos componentes das comitivas de peões que participam do concurso da
Queima do Alho; insere os apreciadores das Festas do Peão no movimento de
preservação da cultura caipira ao fazê-los sentirem-se parte deste importante
patrimônio imaterial; resgata os saberes, fazeres, lugares e personagens ainda
pouco abordados pela nossa historiografia e literatura e aumenta a bibliografia
(ainda insuficiente) sobre a cultura caipira, especialmente sobre peões
boiadeiros.
Sociais: O Projeto Integra os mais amplos e diversos
setores da sociedade, facilitando a convivência de grupos étnicos e culturais
diversos. Além disso, insere os componentes das comitivas no contexto da
cultura nacional atribuindo importância cultural a uma ação que a maioria fazem
apenas por prazer.
Econômicos: O projeto vai distribuir 50 livros para 20
bibliotecas da região de Barretos. Incentivará através da valorização e
divulgação de importantes elementos da culinária caipira o consumo do prato o
que poderá gerar negócios para a indústria alimentícia. Vale ressaltar que
durante a realização do Concurso da Queima do Alho em 2009 a empresa Fugini, de
Monte Alto lançou um produto que faz parte da Queima do Alho que é o Arroz
carreteiro. O setor turístico também pode usufruir os benefícios da divulgação
da Queima do Alho através da potencialização do turismo caipira.
CRONOGRAMA DE TRABALHO
Atividades
|
1º
mês
|
2º
mês
|
3º
mês
|
4º
mês
|
5º
mês
|
6º
mês
|
7º
mês
|
Pesquisa
bibliográfica
|
X
|
|
|
|
|
|
|
Pesquisa
de campo
|
|
X
|
|
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|
Elaboração
de texto
|
|
|
X
|
X
|
X
|
X
|
|
Revisão
de texto
|
|
|
|
|
|
X
|
|
Diagramação
do miolo e elaboração da arte-final da capa
|
|
|
|
|
|
X
|
|
Publicação
do livro
|
|
|
|
|
|
X
|
|
Lançamentos
|
|
|
|
|
|
|
X
|
Entrega
de 100 livros à SEC (contrapartida)
|
|
|
|
|
|
|
X
|
Distribuição
de 50 livros às bibliotecas públicas da região de Barretos (contrapartida)
|
|
|
|
|
|
|
X
|
Atividades
de transmissão de saberes (palestra) sobre a Queima do Alho (contrapartida)
|
|
|
|
|
|
|
X
|
1ª
Etapa - Pesquisas:
Pesquisa
bibliográfica
realizar-se-á através da busca, sistematização, digitalização e análise de
documentos (livros, jornais, revistas, teses, leis, fotos, etc) que contenham
informações que possam inserir a Queima do Alho no contexto da cultura caipira
e nacional. A pesquisa será realizada, basicamente, em bibliotecas públicas e
particulares da região de Barretos, na internet, em repartições públicas e
arquivos disponíveis de empresas e instituições. Ela fornecerá as informações
para a elaboração de um arquivo que por sua vez servirá de base para a
elaboração do livro. Servirá também de base para a pesquisa de campo indicando
ao autor os caminhos a seguir. Essa
etapa durará um mês.
Pesquisa
de campo
realizar-se-á através de entrevistas com pessoas que participam das comitivas
de peões que realizam a Queima do Alho; com os responsáveis pelo maior, mais
antigo e respeitado Concurso de Queima do Alho (realizado pelos Independentes
durante a Festa do Peão de Barretos); com historiadores e estudiosos da
história do ciclo do gado no interior paulista; com artistas que trabalham a
cultura caipira e com o público que participa da Queima de alho. Todo o
material será gravado, transcrito, sistematizado e juntado ao material da
pesquisa bibliográfica constituindo-se num único arquivo que servirá de base
definitiva para a elaboração do texto final. Essa etapa durará um mês.
2ª
Etapa – Elaboração do Texto
O Texto será elaborado pelo escritor Luiz
Mozzambani Neto (proponente do projeto) nos moldes de um trabalho acadêmico com
sistematização das informações, referências bibliográficas e notas de rodapés.
Conforme cronograma de trabalho do autor, a elaboração do texto acontecerá em
quatro meses sofrendo sucessivas releituras e re-escrituras ao longo do
processo até chegar ao produto final. A
linguagem será direta e simples fazendo-se uso, inclusive, de recursos ficcionais
como forma de prender a atenção do leitor. O autor procurará escrever com o
máximo de sofisticação literária, mas preservando o máximo de simplicidade para
assim facilitar o acesso do leitor. Vale ressaltar que o proponente é autor
independente, autor de dois livros: EMBRULHOS (isbn 978-85-907264-0-1) e A
CIDADE QUE MATOU A ESTRELA (isbn 978-85-907264-2-5) e que está envolvido, como
sócio-fundador e militante cultural da AGCIP (Associação Gestão Cultural no
Interior Paulista), no processo de pedido de registro da Queima do Alho como patrimônio
imaterial da cultura junto ao IPHAN.
Orçamento
físico-financeiro.
|
||||||||||||
1- etapas / fases
|
2- Descrição das etapas / fases.
|
3- Quantidade
|
4- Unidade
|
5- Quantidade de unidades
|
6- Valor Unitário
|
7- Total da linha
|
8- Total
|
Prazo de duração
|
||||
9-
Início
|
10-Término
|
|||||||||||
Numere as etapas/
fases
|
Indique o item ou serviço que será contratado / utilizado
|
Indique a
quantidade de cada item da coluna 2
|
Indique a unidade
de medida de cada item da coluna 3
|
Indique a
quantidade de unidade de medida descrita na coluna 4
|
Indique o preço de
cada unidade de despesa
|
coluna 3
X
coluna 5
X
coluna 6
|
Indique a soma dos
totais da coluna 7
|
Previsão de início e término da fase
|
||||
1
|
PRODUÇÃO /
PREPARAÇÃO
|
|
||||||||||
1.1
|
Pesquisa
bibliográfica
(A
pesquisa será realizada em paralelo às pesquisas que a AGCIP vem
desenvolvendo no processo de pedido de registro da Queima do Alho como
patrimônio imaterial e os custos de transporte e alimentação dos
pesquisadores serão cobertos pela entidade cabendo ao projeto apenas a
remuneração dos pesquisadores.)
Luiz
Mozzambani Neto CPF 094914748-63
|
1
|
Mês
|
1
|
1500,00
|
1500,00
|
|
12/2009
|
12/2009
|
|||
1.2
|
Pesquisa
de campo
(aplica-se
à pesquisa de campo o mesmo caso da pesquisa bibliográfica em relação aos
custos de transporte e alimentação)
Luiz
Mozzambani Neto CPF 094914748-63
|
1
|
Mês
|
1
|
1500,00
|
1500,00
|
|
01/2010
|
01/2010
|
|||
TOTAL DE PRÉ-PRODUÇÃO / PREPARAÇÃO
|
R$ 3.000,00
|
|
||||||||||
2
|
PRODUÇÃO /EXECUÇÃO
|
|
||||||||||
2.1
|
Elaboração
de texto
(o
texto será elaborado pelo autor Luiz Mozzambani Neto nos moldes de um
trabalho acadêmico com sistematização das informações, referências bibliográficas
e notas de rodapé numa linguagem direta e simples contando também com
recursos da prosa ficcional como forma de deixar o texto mais acessível.
Luiz
Mozzambani Neto CPF 094914748-63
|
1
|
Mês
|
4
|
1500,00
|
6000,00
|
|
02/2010
|
05/2010
|
|||
2.2
|
Revisão
de Texto
Luiz
Felipe Nunes de Moraes Ribeiro
CPF
270393608-70
|
1
|
unidade
|
1
|
1.000,00
|
1.000,00
|
05/2010
|
05/2010
|
||||
2.3
|
Diagramação
do miolo e arte-final da capa do livro
Antonio
Carlos Mozzambani
CPF
383050118-56
|
1
|
unidade
|
1
|
1.250,00
|
1250,00
|
05/2010
|
05/2010
|
||||
2.4
|
Publicação
do livro
(brochura
com 200 páginas com capa em papel duplex 250 colorida e com orelhas, miolo
costurado em papel sulfite 90 gr e impressão em of set.
|
1
|
exemplar
|
500
|
8,00
|
4000,00
|
05/2010
|
05/2010
|
||||
TOTAL DE PRODUÇÃO / EXECUÇÃO
|
12.250,00
|
|
||||||||||
3
|
DIVULGAÇÃO /
COMERCIALIZAÇÃO
|
|
||||||||||
3.1
|
Banners
de divulgação
|
1
|
Unidade
|
2
|
75,00
|
150,00
|
|
06/2010
|
06/2010
|
|||
3.2
|
Cerimônia
de lançamento do livro com palestra do autor e apresentação de moda de viola
|
1
|
Unidade
|
2
|
1300,00
|
2600,00
|
06/2010
|
06/2010
|
||||
TOTAL DE DIVULGAÇÃO
– COMERCIALIZAÇÃO
|
R$ 2.750,00
|
|
||||||||||
TOTAL DO PROJETO
|
R$ 18.000,00
|
Proposta
de contrapartida
Como contrapartida do projeto Livro: Queima do Alho – Alimento para o corpo e a
alma do peão de boiadeiro o proponente Luiz Mozzambani Neto entregará 100
exemplares do livro à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e realizará
duas apresentações de transmissão de saberes sobre a Queima do Alho. As
apresentações serão realizadas em
Monte Alto (cidade natal do autor e cidade-sede da AGCIP –
Associação Gestão Cultural no Interior Paulista) e em Barretos (cidade-sede da
associação “Os Independentes” que organiza a Festa do Peão de Barretos e o
maior Concurso da Queima do Alho do Brasil). Tendo como público alvo a
população em geral, mas com ênfase nos estudantes da rede estadual de ensino,
as apresentações serão feitas em
Power Point com palestra do autor e contará ainda com a
presença de representantes de comitivas que organizam Queima do Alho no estado
de São Paulo. As apresentações serão realizadas em espaço com capacidade mínima
para 300 pessoas e o ingresso será franqueado ao público tendo seus custos
cobertos pelo proponente.
Além disso, como contrapartida
adicional o proponente entregará pessoalmente 50 exemplares do livro às 10
bibliotecas públicas da região de Barretos. Vale ressaltar que as
contrapartidas terão importância fundamental na divulgação do livro.
Luiz mozzambani neto
proponente
informações
sobre o livro
título: Queima do alho: Alimento para o corpo e a alma do peão boiadeiro.
Realizado nos moldes acadêmicos com
sistematização de informações, referências bibliográficas e notas de rodapé, o
livro será dividido em três partes:
1ª parte
Queima do alho: a comida e a cultura de um caipira
destemido, o peão de boiadeiro –
Contextualização da Queima do Alho no
universo da cultura caipira e nacional com ênfase na importância do peão de
boiadeiro como agente criador de disseminador da cultura paulista e nacional.
Neste capítulo será feita um breve
histórico analítico do papel dos tropeiros na disseminação de costumes ainda
nos tempos das viagens em lombo de mulas pelo interior do Brasil, na época da
formação da base cultural do povo paulista. Do transporte do ouro, do café, e
de outras riquezas, até a época em que o gado passou a ser transportado de
Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso para os frigoríficos de Barretos, no interior
paulista, o papel dos tropeiros, e mais especificamente do peão de boiadeiro,
será contextualizado no universo da cultura caipira através de dados
históricos, literários, acadêmicos e da memória popular, levantados nas
pesquisas bibliográficas e de campo. A previsão é que o capítulo, que
investigará as bases da cultura caipira, e cujo conteúdo será totalmente
textual, tenha em torno de 100 páginas constituindo-se a base teórica do livro.
O objetivo do capítulo é resgatar a história do peão boiadeiro e inserir, no
contexto de nossa cultura, essa personagem fundamental para a formação de nossa
identidade cultural.
2ª parte
Queima do Alho – Fazeres e saberes do povo paulista –
Descrição detalhada de cada elemento
que faz da ação cultural Queima do Alho, um patrimônio imaterial da nossa
cultura interiorana.
Neste capítulo será abordado, de forma mais
descritiva, embora com breves contextualizações históricas, literárias e
acadêmicas, os fazeres e saberes que envolvem a realização da Queima do Alho. Neste sentido será apresentado
um “passo a passo” da ação cultural Queima do Alho abrangendo todos os seus
elementos: Moda de Viola, Toques do Berrante e o preparo da refeição dos
tropeiros em si.
Descrever-se -á também o espaço em que se dá a atividade
cultural tanto nos dias de hoje como nos tempos das comitivas de gado pelos
sertões paulistas. Como dito será um capítulo descritivo, mas como forma de dar
mais fluidez ao texto usar-se-á contextualizações históricas, acadêmicas e
literárias além de fotos antigas e atuais. A previsão é que o capítulo tenha em
torno de 60 páginas sendo o capítulo que apresentará o maior número de fotos
devido à necessidade de se ilustrar os fazeres e saberes registrados.
3ª parte
Queima
do Alho: do peão-tradição ao peão-atleta –
Contextualização Queima do Alho no universo do
Rodeio moderno, no contexto da Festa de Peão de Barretos e outras.
Neste capítulo será feita uma
contextualização da Queima do Alho no universo dos rodeios modernos, no
contexto da Festa de Peão de Barretos e outras, com o propósito de evidenciar a
importância de se preservar esse importante patrimônio de nossa cultura.
Destacar-se-á o trabalho valoroso das comitivas organizadas que ainda hoje
conservam todos os saberes e fazeres da época das estradas boiadeiras
(preservando o que é possível dentro de suas limitações) e ressaltar-se-á a
importância, mesmo para os “peões-atletas” (aqueles que são vistos apenas como
estrelas do mundo dos rodeios, sem qualquer conotação cultural) de se preservar
a cultura que, para a surpresa de muitos, serve de base para o próprio mundo
dos rodeios. O objetivo do capítulo é desmistificar a ideia equivocada de que
os rodeios são festas totalmente importadas dos americanos mostrando através de
dados históricos e culturais (e da própria Queima do Alho) que a raiz do nosso
rodeio está nos domadores de cavalos chucros, ainda no tempo do troperismo, e
que a sua descaracterização acelerada nos últimos tempos deve-se muito mais à
perda da identidade cultural do público alvo (público, organizadores e peões)
do que a falta de legitimidade cultural, até porque a atividade não se
sustentaria sem o mínimo de identificação cultural, mesmo que inconsciente, por
parte do povo. Defender-se-á, inclusive, que o resgate histórico e cultural em
torno do mundo dos rodeios (com a interrupção do violento processo de
descaracterização e mesmo retorno às raízes) é fundamental para que a atividade
se perenize no gosto popular. Diferentemente do primeiro capítulo (mais
acadêmico), e do segundo (mais descritivo), o terceiro constituir-se-á num
capítulo mais opinativo em que o autor, sempre com bases nas pesquisas e
avalizado por documentos e depoimentos, defenderá a desmistificação do rodeio
como cultura totalmente alienígena. A previsão é que o capítulo tenha em torno
de 40 páginas.
Informações técnicas:
O conteúdo do livro será impresso em
preto e branco no sistema of set, em papel sulfite 90 gramas , com miolo
costurado e colado em capa colorida Duplex 250, com orelhas. A tiragem prevista
é de 500 exemplares.
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